A cigarrinha-da-cana-de-açúcar (Mahanarva fimbriolata) é uma das principais pragas que afetam a produtividade e a longevidade dos canaviais no Brasil. Sua presença pode resultar em perdas significativas, especialmente se o controle não for realizado de maneira eficiente e no momento adequado.
O que é a cigarrinha-da-cana?
A cigarrinha-da-cana-de-açúcar é um inseto sugador que se alimenta da seiva das plantas de cana. Sua alimentação pode causar danos diretos às raízes e folhas, além de ser vetor de doenças como a escaldadura das folhas, que afeta a germinação e a produtividade da cana. A infestação pode ocorrer em qualquer fase do ciclo da cultura, mas o controle é mais eficaz quando realizado na fase de ninfa, antes que o inseto se torne adulto e se disperse.
Além dos danos físicos, a presença da cigarrinha-da-cana interfere na absorção de nutrientes pela planta. Plantas atacadas apresentam folhas amareladas, menor crescimento e raízes debilitadas, o que compromete o desenvolvimento vegetativo e a formação de brotos saudáveis. A gravidade do ataque depende do estádio da cultura, do manejo anterior e da densidade populacional da praga.

Como identificar a cigarrinha-da-cana
A identificação precoce da cigarrinha-da-cana é essencial para garantir um controle eficaz. Os principais pontos para observação são:
Adultos:
– Coloração variada, geralmente em tons de vermelho a marrom.
– Podem ser encontrados principalmente nas folhas da planta.
Ninfas:
– Mais danosas que os adultos.
– Cor esbranquiçada a amarelada.
– Localizam-se principalmente nas raízes, onde se alimentam da seiva.
– Tamanho geralmente entre 0,5 e 1 cm de comprimento.
Sinais na lavoura: folhas com manchas amareladas, brotos murchos, raízes danificadas e exsudatos açucarados nas folhas.
Como conferir: produtores experientes arrancam algumas plantas e verificam as raízes para localizar as ninfas.

Ciclo de vida e comportamento
O ciclo de vida da cigarrinha-da-cana é composto por ovos, ninfas e adultos. As fêmeas depositam os ovos na base das plantas ou no solo próximo às raízes. As ninfas emergem dos ovos e começam a se alimentar das raízes, causando danos significativos. Após várias mudas, as ninfas se tornam adultas e migram para outras plantas, reiniciando o ciclo.
O período de desenvolvimento depende das condições climáticas e da disponibilidade de alimento. Em regiões mais quentes e úmidas, o ciclo pode ser mais curto, aumentando a taxa de multiplicação da praga. Por isso, o monitoramento constante se torna indispensável, permitindo identificar rapidamente focos de infestação e agir antes que a população alcance níveis críticos.
Estratégias de controle
1. Controle químico
O uso de inseticidas é uma das formas mais comuns de controle da cigarrinha-da-cana. É importante escolher produtos que sejam eficazes em todas as fases do inseto e que possuam um longo período de controle. Além disso, deve-se considerar a seletividade dos inseticidas para não prejudicar os inimigos naturais da praga.
Entre as opções químicas disponíveis no mercado, é fundamental optar por produtos registrados para a cultura, com eficácia comprovada contra a cigarrinha-das-raízes. Na Cimoagro, o Curbix® é referência nesse manejo, oferecendo longo período de controle, eficiência em diferentes estágios do inseto e seletividade aos inimigos naturais.
2. Controle biológico
O controle biológico é uma alternativa sustentável ao uso de inseticidas químicos. O fungo benéfico Metarhizium anisopliae, também conhecido como fungo-verde, tem sido utilizado com sucesso no controle da cigarrinha-da-cana. Esse fungo infecta e mata as ninfas e adultos do inseto, reduzindo a população da praga.
3. Manejo cultural
Práticas culturais podem auxiliar no controle da cigarrinha-da-cana. A colheita mecanizada da cana crua, por exemplo, pode criar um microclima favorável para o desenvolvimento da cigarrinha, aumentando sua população. Portanto, é importante monitorar a população de cigarrinhas e adotar práticas de manejo que minimizem o impacto.
4. Monitoramento constante
O monitoramento regular das lavouras é essencial para detectar precocemente a presença da cigarrinha-da-cana. A realização de vistorias periódicas permite identificar focos de infestação e tomar medidas de controle antes que a praga cause danos significativos.
Boas práticas agrícolas para prevenção
Além das estratégias de controle, a prevenção é essencial para manter a lavoura saudável. Algumas ações importantes incluem:
- Controlar ervas daninhas: evita que sirvam de abrigo ou alimento para a praga.
- Capacitar a equipe técnica: treinar colaboradores para identificar precocemente a presença da cigarrinha.
- Planejar a colheita: organizar os períodos de corte de forma estratégica, minimizando impactos sobre o manejo da praga.
Impactos econômicos
A presença da cigarrinha-da-cana pode resultar em perdas significativas na produtividade da cana-de-açúcar. Estudos indicam que a infestação pode reduzir a produtividade do canavial em até 60%. Além disso, a praga pode afetar a qualidade da matéria-prima, comprometendo a produção de açúcar e etanol.
O impacto econômico não se restringe apenas à redução da produtividade; o aumento nos custos de manejo, a necessidade de aplicação de insumos e o risco de propagação de doenças associadas, também afetam a rentabilidade do produtor.
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ATENÇÃO: Produto perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico.